Contos marginais é um chamado à criatividade e ao rompimento de perspectivas e paradigmas – vide a falta de espaço para esse tipo de literatura nas mídias tradicionais e convencionais. São histórias carregadas de misticismo e espiritualidade que tendem a abalar o equilíbrio do que é e o que deveria ser, o que é encoberto e o que fora escondido. Faz com que pensemos a respeito do próprio respeito à religiosidade alheia e subjugação do menos possuídos. Contos marginais é sobre suscitar o protagonismo marginal e do cotidiano: vide à temática e à escolha daqueles que a compõe. Portanto, de conto a Ponto, esperamos que o toque do atabaque e o ponto de seu orixá dê o ritmo às palavras de seu conto.
Essa segunda iniciativa de literatura "tradicional" da Jotun Raivoso, Contos Marginais – Histórias do Punk Místico, é a intersecção entre o Mágiko e o Punk: imaginemos Aleister Crowley como mestre tirânico de um exército de gólens metálicos repletos de pistões, tubulações de cobre e armas quânticas. Ou, os 40 servidores de Kelly fossem na verdade avatares hackers de um futuro cujo objetivo é libertar os humanos de uma grande simulação. Até mesmo é possível imaginar Ibn Arabi ser um grande geneticista viajante entre eras cujo o maior sonho é criar uma sociedade simbiótica de mechas e plantas. É neste contexto que a Jotun Raivoso convida aos interessados a escrever contos sob a temática “Histórias do Punk Místico”.